sexta-feira, 2 de março de 2012

Estudante é não ser “aluno”


A pergunta mais instigante que deve incomodar noite e dia a vida dos estudantes é “Por que é preciso aprender?”
Segundo Rubem Alves, nós podemos comparar o processo educativo com o ato de cozinhar. As comidas preparadas pelos professores têm provocado indigestão. Isto deve-se ao fato de que o estudante não participa do preparo e na escolha dos alimentos (assuntos, conteúdos), muito menos dos condimentos (atividades) utilizados.
O “rango” já vem “mastigadinho”, sem gosto, não provocando prazer no ato de comer (estudar).
Ser estudante é uma postura de vida. “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, as pessoas se educam entre si, mediatizadas pelo mundo” (Paulo Freire), ou seja, ser estudante é ser sujeito do seu próprio processo educativo, sentindo-se interpelado pelo desejo de construir o seu conhecimento como forma de humanizar-se. Ser estudante é desejar que todas as pessoas, sem distinção, também tenham acesso a esta possibilidade.
Aluno, do latim, significa “aquele que não tem luz”. Ser estudante é muito mais que ser aluno. É ousar ser luz. “Ninguém acende uma vela para colocá-la debaixo de uma vasilha”. (Mt. 5,15). Ser estudante é assumir a missão de ser vela àqueles que tanto precisam de luz. Eis aí o cativante desafio de ser estudante.
O curso Magistério deseja a todos os estudantes um bom ano letivo com muita dedicação, lembrando de ser a vela de quem precisa de luz.

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