Mais de 60 anos depois da criação do Lego, adultos e crianças continuam fascinados pelo brinquedo que sempre permite recomeçar tudo do zero.
Quando criança, você brinca. Quando adulto, você tem um hobby ou é um colecionador. São apenas outras palavras, para quando a brincadeira é levada a sério. Mas, independente do termo, quem disse que só na infância se pode brincar? Adultos e crianças compartilham a paixão de encaixar bloquinhos conhecidos como Lego.
O brinquedo versátil e aparentemente eterno surgiu nos anos 1930, na Dinamarca. As peças eram inicialmente feitas de madeira. Foi no final dos anos 1940 que surgiram os primeiros blocos de plástico, criados de maneira que se encaixassem de várias formas, semelhantes aos que são fabricados ainda hoje.
De acordo com a empresa, apenas seis peças de oito pinos podem ser combinadas em 900 milhões de formas diferentes. Ou seja, o helicóptero da polícia que você ganhou pode virar um barco, uma nave espacial ou uma casa.
O empresário Afonso Neves, 48 anos, de Balneário Camboriú, é um adulto aficionado por Lego. Nascido em Blumenau, ele teve a chamada dark age - época em que as crianças param de brincar de Lego - dos anos 1970 até 1995, quando voltou a montar com a linha de robótica da marca.
Para o empresário, o Lego é muito mais que um brinquedo. Ele considera a montagem de blocos um passatempo, e conta que depois que voltou a colecionar, sua família se reúne e passa mais tempo junto. Além disso, é uma forma de relaxar.
- Você chega em casa, vindo do trabalho com uma série de problemas, e com o Lego consegue relaxar e descansar.
A brincadeira é tão importante na vida de quem gosta de Lego que tem até um embaixador do brinquedo no Brasil.
O analista Wagner Cavalli, 45 anos, de São Paulo, é esta figura. Ele faz a ponte entre a comunidade de colecionadores e a empresa, com sede na Dinamarca. Por meio de um fórum que criou junto a outros colecionadores - o LUG Brasil -, angaria opiniões sobre melhorias nos brinquedos.
- Mas tem coisas que passo para a Lego com caráter sigiloso também. Não é para todos que eu posso dizer: "A Lego quer saber tal coisa" - revela Cavalli.
Com os filhos e a esposa, ele costuma fazer algo que chama de Lego Weekend: na sexta-feira, a família leva as peças para a sala e brinca durante todo o fim de semana.
(Ruca Souza - Diário Catarinense)
Magistério São Vicente
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